TIMBAÚBA
História
O topônimo, conhecido também como timboína significa árvore de exalação de espuma. E mais timbé-uva (árvores de espuma).
O território do atual município de Timbaúba pertencia à Capitania de Itamaracá, doada a Péro Lopes de Souza. A capitania estendia-se desde a foz do Rio Santa Cruz, ao Sul da Ilha de Itamaracá, até a Baía da Traição, ao Norte, numa extensão de 86 léguas de terra no litoral e, daí, atingia até o meridiano de Tordesilhas. No início, a economia era baseada na exploração do pau-brasil.
Em meados do século XVIII chegaram naquelas áreas habitantes de Tejucupapo, de Goiana e do núcleo habitacional Igarassu.
Na primeira metade do século XIX, à margem direita do rio Capibaribe-Mirim, também conhecido como rio das Capivaras, surgiu um núcleo populacional, onde havia uma feira. Nas proximidades do povoado havia uma fazenda conhecida pelo nome “Árvore de Espuma”, pertencente ao português, Antônio José Guimarães, que além das suas atividades agropastoris mantinha um estabelecimento comercial onde vendia tecidos e gênero diversos. Antônio José Guimarães, que havia conquistado posição de destaque na localidade, impôs a transferência da feira para o pátio de sua fazenda. Começou daí a formação de um novo povoado. Com auxílio da população a esposa do fazendeiro fez construir uma capela em homenagem a Nossa Senhora das Dores.
Em 1873, no dia 28 de maio por força da Lei nº 1103, da Assembléia Provincial de Pernambuco, foi criada a paróquia. Com um crescente desenvolvimento social e econômico, os timbaubenses procuraram sua emancipação política. Esta foi obtida com a promulgação da Lei nº 1363, de 8 de abril de 1879, assinada pelo Presidente da Província, Adolpho de Barros Cavalcanti, que criou o município e comarca de Timbaúba, sendo a povoação elevada à categoria de vila.
[editar]Geografia
[editar]Relevo
O município de Timbaúba encontra-se na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros. O relevo é movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. Os solos variam com a altitude. Nas Superfícies suave onduladas a onduladas, ocorrem os Planossolos, medianamente profundos, fortemente drenados, ácidos a moderadamente ácidos e fertilidade natural média. Nestas altitudes também ocorrem solos Podzólicos, que são profundos, textura argilosa, e fertilidade natural média a alta. Nas elevacões ocorrem os solos Litólicos, rasos, textura argilosa e fertilidade natural média. Planossolos, medianamente profundos, imperfeitamente drenados, textura média/argilosa, moderadamente ácidos, fertilidade natural alta e problemas de sais surgem nos Nos Vales dos rios e riachos. Verfica-se ainda afloramentos de rochas.
[editar]Vegetação
A vegetação nativa é composta por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, típicas do agreste. Biomas: Caatinga e Mata Atlântica.
[editar]Hidrografia
O município de Timbaúba encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Goiana. Seus principais tributários são os rios: Tiuma, Mulungu, Capibaribe e Cruangi, além dos riachos: Boqueirão, Lopes, Massaranduba, Pindoba e Coité. Os principais corpos de acumulação são os açudes: do Alemão, Tavares e Água Azul. Todos os cursos d'água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
[editar]Economia
Timbaúba possuiu inúmeros engenhos de açúcar na época colonial, mas atualmente se destaca o engenho açucareiro Usina Cruanji, onde são empregadas milhares de pessoas. Atualmente, embora não tenha perdido sua vocação agrícola produtora de açúcar, dedica-se as atividades comerciais por estar situada nas proximidades de várias pequenas cidades do interior de Pernambuco. Também fazem parte de sua economia a pecuária, lavoura permanente, lavoura temporária, produção agrícola de cereais, leguminosas e oleaginosas, e a extração vegetal ligada à silvicultura.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal-IDH-M é de 0,649. Este índice situa o município em 53o no ranking estadual e em 3792o no nacional.
NAZARÉ DA MATA
Nazaré da Mata é um município brasileiro da zona da mata do estado de Pernambuco, que se estende por uma área de 141,3 km², com uma altitude média de 89 metros acima do nível do mar. Sua população é de 30.647 habitantes, sendo 24.704 residentes na zona urbana e 5.943 na zona rural.
O território onde atualmente está localizada a cidade de Nazaré da Mata era chamado de Lagoa d'Antas, uma sesmaria doada aManuel Bezerra Cunha, em 18 de junho de 1581.[editar]História
O povoamento de "Nasareth" teve início no século XVIII, numa propriedade onde foi edificada a capela de Nossa Senhora da Conceição. Em homenagem à santa, a localidade passou a chamar-se de Nossa Senhora da Conceição de Nazaré.
Em 1833, desmembrando-se do município de Igarassu, tornou-se vila, quando passou a ser sede da freguesia.
Foi elevada à categoria de cidade pela lei de número 258, de 11 de junho de 1850. O primeiro prefeito foi o padre Anísio Torres Bandeira, que tomou posse em 1892, quando os municípios passaram a ter maior autonomia administrativa com a proclamação da República.
Pelo decreto-lei número 952, de 31 de dezembro de 1943, o nome da cidade foi modificado, acrescendo-se o termo "da Mata", por se encontrar nessa zona fisiográfica.
Administrativamente, Nazaré da Mata é constituída unicamente pelo distrito sede. No município, encontra-se a arquidiocese de Nazaré da Mata, que também é sede de Bispado, abrangendo diversas cidades da região.
Anualmente, no dia 17 de maio o município comemora a sua emancipação política.
[editar]Cultura
Nazaré da Mata é conhecida como a terra dos Maracatus. Não é apenas uma dança, uma brincadeira das camadas menos favorecidas, mas uma tradição passada de pai para filho em que os passos, as cores perpassam uma aculturação milenar da história da região.
Durante o Carnaval, é a vez do povo de Nazaré da Mata mostrar o que tem de melhor: o colorido, a animação, o brilho e toda a beleza de seus maracatus como o Piaba Dourado, Estrela de Ouro e, o mais antigo de Pernambuco, o Cambinda Brasileira. O tão esperado Encontro de Maracatus acontece na segunda-feira e terça-feira de Carnaval, na praça principal. São mais de 50 grupos de brincantes com seus reis, rainhas, baianas e caboclos de lança que dançam e cantam em homenagem aos orixás.
Além dos maracatus, o Carnaval de Nazaré também apresenta outros folguedos como bois de carnaval, blocos de ciranda e troçascarnavalescas. Outra grande atração do Carnaval de Nazaré e o Clube Carnavalesco Jacaré em Folia criado em 1956 que atrai milhares de foliões pelas ruas da cidade com trios elétricos, carros alegóricos e fantasias.
Em Nazaré da Mata situa-se a Faculdade de Formação de Professores de Nazaré da Mata, um dos campi da Universidade de Pernambuco que tem sede em Recife.
Nesta cidade também se encontra a sede do segundo batalhão da Policia Militar do Estado de Pernambuco.
Foi criado o espaço cultural Mauro Mota onde se mostram as fantasias do maracatu ao público.
[editar]Personalidades
- Geraldo Calábria Lapenda (1925 - 2004) - filólogo, professor, estudioso das línguas indígenas, vice-reitor (1980/1984) e reitor (1983) da Universidade Federal de Pernambuco.
- Herculano Bandeira de Melo (1850 - 1916) - advogado, magistrado, juiz substituto em Nazaré da Mata (1888), vereador (durante nove mandados), deputado provincial (1875/1877), constituinte (1891) e deputado federal (1895/1897; 1897/1900 e 1900/1901), senador (1901/1908), governador (1906/1911).
- Jarbas de Albuquerque Maranhão (1916) - deputado federal (1946/1951), senador (1955/1960) e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Ocupante da cadeira 30 da Academia Pernambucana de Letras e da cadeira 40 da Academia de Letras e Artes do Nordeste.
- José Ermírio de Morais (1900 - 1973) - senador (1963/1971), industrial.
- José Menezes (1923) - maestro, saxofonista, clarinetista e compositor de frevo, fez parte da Jazz Band Academia, além de ter formado a sua própria orquestra
- Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça (1939) - membro da Academia Pernambucana de Letras (presidente em 1972/1974), membro (cadeira nº 26, sucedendo ao poeta Mauro Mota) e presidente da Academia Brasileira de Letras e ex-ministro do Tribunal de Contas da União.
- Maria Ladjane Bandeira de Lira (1927 - 1999), poeta, crítica de arte, artista plástica, jornalista, teatróloga e escritora.
- Paulo Pessoa Guerra (1916 - 1977) - prefeito de Orobó e, em seguida, de Bezerros (1938/1941), deputado federal (1946/1955), vice-governador (1963/1964), governador (1964/1967), deputado estadual (1955/1963) e senador (1971/1977).
- Rossini Ferreira (1919), músico e bandolinista de Choro, fez parte da "Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco", com a qual gravou um LP pela Funarte, posteriormente lançado em CD.
História
- O povoamento de Vicência começou com a construção de uma capela próxima à residência da proprietária Vicência Barbosa de Melo.
- Por força da Lei Provincial 1.448, de 5 de junho de 1879 a povoação foi elevada à categoria de Freguesia.
- O Decreto Estadual 142, de 30 de maio de 1891, circunscreveu os distritos de paz de Vicência, Angélicas e Aliança e os elevou à condição de vila, sob a denominação de Vicência.
- Em 15 de junho de 1891 a Intendência de Vicência enviou Ofício ao governador do Estado de Pernambuco informando haver sido instalado o município nessa data.
- A Lei Estadual número 72, de 16 de maio de 1895, tornou sem efeito o Decreto de 30 de maio de 1891.
- Em 11 de setembro de 1928 a localidade foi elevada à categoria de cidade, através da Lei Estadual 1931. Ficou constituído o município de Vicência com os distritos de Vicência e Angélicas, desmembrado do município de Nazaré. Sua emancipação ficou determinada, na mesma Lei, em seu artigo 15, parágrafo único, para o dia 1 de janeiro de 1929.[6]
- Seu primeiro prefeito foi o negociante local Júlio Moura, tendo como Secretário Raul Verissimo Camelo de Almeida, jovem datilógrafo da cidade de Paudalho, convidado para o cargo, por indicação do professor Jorge Camello Pessoa, de Lagoa do Carro, então distrito do município de Nazaré que naquela data passava para o também recém-criado município de Floresta dos Leões, atualmente Carpina.[7]
- Em 4 de outubro de 1930, o seu primeiro prefeito foi destituído, por intervenção da revolução de 3 de outubro daquele ano, permanecendo assim enquanto durou a intervenção federal no Estado de Pernambuco.
[editar]Administração
Administrativamente, o município é formado pelos distritos sede e Murupé e pelos povoados de Trigueiros, Angélica, Borracha, Agrovila Murupé a Usina Barra (desativada) e a Usina Laranjeiras.
[editar]Data comemorativa
Anualmente, no dia 11 de setembro Vicência comemora sua emancipação política. A padroeira da cidade é Santa Ana.
[editar]Dados gerais
A eletrificação de Vicência foi realizada, ainda quando na condição de vila, em 1926, pelo industrial e proprietário rural local Urbano Ramos de Andrade Lima.
[editar]Perfil econômico
- Atividades principais
- Agroindústria, com destaque para a Usina Laranjeiras, maior empregadora do município, e, agricultura, com destaque para a banana.
- Principais produtos
- Batata doce, mandioca, feijão, abacate, laranja, cana-de-açúcar, banana, tomate, coco e manga.
[editar]Geografia
Localiza-se a uma latitude 07º39'25" sul e a uma longitude 35º19'36" oeste, estando a uma altitude de 119 metros. Sua população estimada em 2004 era de 29 231 habitantes.
Acesso: PE-74 e BR-408 (via Nazaré da Mata).
Possui uma área de 250,37 km².
[editar]Turismo
Vicência conta, em sua topografia, com um relevo relativamente acidentado na região metropolitana, mas com uma bela serra em sua área rural, a Serra da Mascarenha, onde impera o pico pertencente ao belo e histórico Engenho Jundiá.
Muitas pessoas sobem ao pico apenas para olhar, de lá de cima, a linda paisagem que se estende até onde a vista alcança. Para completar, ali no pico há a estrutura básica para se passar o dia, dispondo de sanitário masculino e feminino, e alguns quiosques rústicos para a realização de refeições. A temperatura amena proporcionada pela altitude completa a adequação do local para se passar o dia com a família. Quem resolver ficar ali até o final da tarde deve levar agasalho, pois chega a esfriar bastante.
Ali há uma capela e duas rampas de decolagem de Voo Livre, a partir das quais decolam os pilotos do estado e visitantes para um dos vôos mais bonitos e agradáveis do país, segundo eles.
Além desse importante ponto turístico, há vários engenhos históricos, como o próprio Engenho Jundiá, e o Engenho Poço Comprido, remanescente do século XVIII, entre outros, que têm contribuição indubitável na construção da história de Pernambuco.
Vicência também conta com muitos pontos de intensa beleza natural, inclusive com várias cachoeiras e lindas matas, especialmente ao longo do cimo da serra, sendo local muito apropriado para a prática do ecoturismo, tanto que várias empresas e entidades educacionais têm nesta cidade um de seus pontos mais procurados.
[editar]Acesso
A estrada que leva da capital pernambucana, Recife, até Vicência é bem pavimentada. Deve-se sair do Recife em direção a Carpina; no trevo da entrada de Carpina, toma-se a saída da direita; alguns quilômetros após a cidade de Nazaré da Mata toma-se a saída à esquerda no trevo com placa indicativa de Vicência; após 9 quilômetros, chega-se a Vicência.
Já a estrada que leva ao pico da Serra da Mascarenha, no Engenho Jundiá, é de terra, mas com boa manutenção, especialmente após o tempo das chuvas, por volta do mês de setembro, quando a prefeitura sempre faz o serviço de restauração. Em Vicência deve-se seguir as placas de “Rampa de Voo Livre”, e também se utilizar a informação do povo, muito hospitaleiro e prestativo.
Volteando a sede do engenho está a estrada de 4 km que leva ao pico, com cerca de 370 metros de desnível para o solo abaixo, a 550 metros de altitude.
[editar]Filhos ilustres
Entre as personalidades públicas que nasceram em Vicência destacam-se o ex-governador e senador Jarbas Vasconcelos o geógrafo e historiador, acadêmico Manuel Correia de Andrade e a professora cega e ilustre poetisa do Instituto Benjamin Constant do Rio de Janeiro Benedicta de Mello 1906-1991
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