Ausência de novas vagas nas capitais impede redução do desemprego
O mercado de trabalho das seis maiores regiões metropolitanas do país não gerou vagas em nível significativo nos três primeiros meses do ano, o que impediu uma redução da taxa de desemprego, segundo Cimar Azeredo Pereira, coordenador da pesquisa de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para o coordenador do IBGE, porém, a taxa de desemprego se mantém num nível historicamente baixo. Fechou o primeiro trimestre deste ano em 6,3%, abaixo dos 6,7% de 2010. A taxa de 6,5% em março foi a menor para tal mês do ano desde 2002.
Desemprego em março tem menor taxa para o mês desde 2002, diz IBGE
Sem a abertura de um número expressivo de postos de trabalho, diz, os profissionais que foram dispensados principalmente em janeiro com o fim de muitos contratos temporários não foram ainda absorvidos. Segundo Pereira, eles continuam a procurar emprego e engrossam o contingente de 1,5 milhão de desocupados.
Segundo Pereira, a tendência da série histórica do IBGE mostra que a taxa de desemprego resiste em cair nos primeiros meses do ano e tende a ceder a partir do segundo trimestre.
"A grande expectativa é quando o processo produtivo vai começar a se acelerar e vamos sentir uma criação maior de postos de trabalho."
O coordenador do IBGE ressaltou ainda que segue firme o processo de formalização do mercado de trabalho.
O número de trabalhadores com carteira no setor privado cresceu 7,4% em março ante igual mês de 2010. O contingente atingiu 48,2% do total de pessoas ocupadas, a maior proporção da série histórica do IBGE.
"Isso mostrar que cresce o emprego com mais qualidade."
Já o rendimento reagiu em março e subiu 0,5% na comparação com fevereiro, quando havia recuado 0,5%. Em relação a março de 2010, houve alta de 3,8%.
Um dos motivos da expansão, diz, é justamente o aumento das contratações formais.